Ver - Anita Malfatti
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  • Contato
  • 1928

     

    Em fevereiro, Mário de Andrade elabora texto a partir da carta que Anita Malfatti traça considerações sobre a cor em sua obra e sobre as regras básicas da pintura, imutáveis, segundo ela. No texto, Mário escreve que, depois de célebre, a artista resolveu aprender de novo a pintura, e que suas obras atuais têm um “colorido sutil” – obviamente, interpretando a carta da artista – e que em sua sensibilidade, ela “se mostra agora mais mulher”. Após esse elogio, evidentemente para a época, o escritor reproduz trecho da referida carta:

    Diário Nacional, SP, 11/2/1928
    Fundo AM. Arquivo, IEB-USP

  •  

    Fundo AM. Arquivo, IEB - USP.

    Anita Malfatti participa da 39e Exposition des Artistes Indépendants, levada no Grand Palais des Champs Élisées, Paris, de 20/1 a 29/2,  com a pintura PURITAS e outra tela intitulada COMPOSITION.

    Pouco depois da inauguração,  a revista Les Artistes D’Aujourd’hui envia correspondência à artista, dizendo que planejam escrever sobre ela. Práticos, já enviam o texto, pedindo correções:

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    Fundo AM. Arquivo, IEB-USP.

     

  •  

    Em março deste ano, Anita Malfatti escreve a Mário de Andrade contando  sobre seus preparativos de retorno ao Brasil. Na carta ela comenta a tela RESSURREIÇÃO e as pinturas-cópias que resolveu entregar para o Governo:

     

    “Recebi da Société Nationale um convite especial para expor no Salon deste ano. Como estava terminado meu grande quadro a Ressurreição do Lázaro (que refiz completamente e que ficou bom) resolvi tentar novamente a sorte e mandei-o. Não sei qual será o resultado. Estou trabalhando no Louvre com as célebres cópias. Resolvi para o Governo, as Femmes d’Alger de Delacroix e as Glaneuses de Millet. O Delacroix é uma beleza mesmo foi o quadro que marcou o caminho para a “arte nova”. Resolvi ficar com o Rafael e a Magnificat pois não tenho coragem de me desfazer dos primitivos e penso que com tudo o que já dei ao governo mais estas duas telas me considero livre de dívida. As cópias para o governo mais uma composição bem grande, + a R. de L. e mais umas telas pequenas levarei comigo quando partir princípios de agosto. Se o governo não me auxiliar a pagar este transporte de quadros estarei deveras atrapalhada e não terei como levar os quadros que ainda estou terminando. Enfim quem espera sempre alcança e tenho confiança que ainda este problema se resolverá satisfatoriamente.”

    [Cf. carta, 25/3/[1928] Fundo MA. Arquivo, IEB-USP]
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    fotografia da pintura RESSURREIÇÃO DE LÁZARO enviada a Mário de Andrade.
    Fundo MA. Arquivo, IEB-USP

    pintura retrabalhada

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    Caderno de desenho de Anita Malfatti
    Coleção de Artes Visuais, IEB-USP

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    Caderno de desenho de Anita Malfatti
    Coleção de Artes Visuais, IEB-USP

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    Diário Nacional, SP, 5/9/1928

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    Desenhos de Anita Malfatti feitos durante sua viagem de retorno, em caderno hoje pertencente à Coleção de Artes Visuais, IEB-USP:

     

    Valencia, 11/9

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    Almería, 13/9

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    Dakar, 19/9/1928

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    [Geraldo Ferraz], O Jornal, RJ, 21/10/1928

  • No final de 1928, Mário de Andrade  escreve dois artigos sobre a pintora, no primeiro diz não ter visto suas novas obras, pois ainda  estavam “na Alfandega”; no segundo, após algumas considerações, destaca elogiosamente a obra RESSURREIÇÃO DE LÁZARO:

     

    Diário Nacional, SP, 23/11/1928
    Fundo AM. Arquivo, IEB-USP

  •  

    Uma década depois, Mário de Andrade discute por carta com Anita Malfatti por não concordar com o que ela lhe escreveu quando disse que o artista é “transmissor” da beleza*, ideia que, em outra missiva, Anita dirá que errou, concordando com o escritor**. Na carta de 1939, Mário faz colocações sobre a trajetória da artista, criticando-a, e cita favores, entre os quais, os "elogios" que fez acerca da tela RESSURREIÇÃO DE LÁZARO:

    “E se lembre ainda daquele homem ao qual você mesmo veio dizer que sabia que ele mentira publicamente nos elogios que fizera ao seu Lázaro, na amiga intenção de conseguir alguma coisa, uma compra do Governo, etc. pra você.”

     

    [Cf. carta, 1/4/1939. Fundo AM. Arquivo, IEB-USP]
    * Cf. carta, sem data [início de 1939]. Fundo MA. Arquivo, IEB-USP.
    ** Cf. carta, “domingo de páscoa”/[1939]. Fundo MA. Arquivo, IEB-USP
  • 1929

     

    Durante a exposição que Anita Malfatti monta em São Paulo após seu retorno de Paris, o Mackenzie College divulga um curso especial de pintura e desenho que a artista ofereceria na Instituição. No entanto, como consta do relatório anual de 1929, o mesmo não ocorreu pois o “elemento futurista de suas pinturas” visto em sua mostra foi pouco apreciado. Somente nos relatórios de 1931 e de 1932 consta o nome da artista no quadro de professores do estabelecimento.

    [Relatórios consultados no Centro Histórico e Cultural Mackenzie]

    Correio Paulistano, SP, 26/1/1929

    Não tão moderna para os “modernistas de Paris” e “futurista” para a São Paulo de então, Anita Malfatti organiza sua exposição de 1929 novamente na rua Líbero Badaró, com obras produzidas na Europa, algumas pinturas identificadas como “roça brasileira”, e duas telas anteriores, a ESTUDANTE RUSSA e uma pintura de Monhegan Island.

     

     

  •  

    Algumas críticas sobre essa exposição de Anita Malfatti:

     

    Diário da Noite, SP, 5/1/1929
    Fundo AM. Arquivo, IEB-USP

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    Yan de Almeida Prado escreve artigo sobre a pintora no Diário Nacional, SP, em 24 de fevereiro e, na edição do dia 26, sai uma nota para correção: “onde se lê: ‘Esteve longe dos van Dyck, que também viveram obscuros leia-se: ‘Esteve longe dos van Eyck etc.’ ”
  •  

    Desde seu retorno ao Brasil até esta sua exposição de 1929, o nome de Anita Malfatti é bastante divulgado na imprensa local e mesmo na do Rio de Janeiro, ainda que em notas. Em uma delas, publicada no Diário Nacional, SP, de 20/2, é reproduzida sua pintura LAGO MAGGIORI; na época da mostra, a revista Para Todos, da então Capital Federal, do dia 23/3, reproduz três de suas obras, entre as quais FESTA NA ROÇA.
    Mas, lembrando do relatório do Mackenzie, pode-se supor que as obras europeias, como MULHER DO PARÁ, INTÉRIEUR, PORTO DE MÔNACO,  e mesmo as composições com temas populares, como a reproduzida na revista Para Todos, eram pinturas que ainda apresentavam resoluções muito modernas ou, ao menos, demasiadamente diferentes para serem bem recepcionadas no Brasil.
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    A Antropofagia de Oswald também conta com Anita

     

    Entre as ideias “antropophágicas”, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Waldemar Belisario e, entre outros, Anita Malfatti, planejavam enviar ao Congresso Nacional uma proposta para alterar a legislação civil e penal no que se referia ao divórcio, à maternidade e à “impunidade do homicídio piedoso”, como se lê no jornal A Manhã, do Rio de Janeiro, de 27/7/1929:

     

  •  

     

    Na charge, evidentemente, a ideia da deglutição das culturas de outros: relembrando afirmação de Oswald de Andrade, “para reelaborá-las com autonomia”.
    De certo, Anita Malfatti apoiou a ideia da comitiva que seguiu para o Rio de Janeiro e os acompanhou. No entanto, em seus  escritos não há qualquer menção relativa à antropofagia.

    o que há, RJ, 24/10/1929

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    BABY DE ALMEIDA, 1929-1930 c.
    óleo s/ tela, 46 x 40 cm
    Casa Guilherme de Almeida

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    CAROLINA DA SILVA TELLES, 1929-1930 c.
    óleo s/ tela, 46 x 40 cm



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